“De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele”. Este versículo que se encontra em I Coríntios 12 expressa bem o trabalho da Missão Portas Abertas realizado em cerca de 50 países, onde cristãos apaixonados insistem em obedecer ao “Ide” de Jesus.
Longe de ser coisa do passado, as perseguições contra cristãos se repetem em pleno século XXI, com prisões, torturas e mortes, como ocorreu na época da igreja primitiva. Batalhando contra isso, há mais de 50 anos, o Ministério Portas Abertas tem apoiado pastores e líderes em mais de 300 organizações, fortalecendo e preparando a igreja que enfrenta restrições e perseguições. O ministério tem feito distribuição de bíblias e materiais cristãos, visitas aos cristãos presos injustamente, tem oferecido cursos clandestinos para treinar pastores e líderes e estabelecido seminários (alguns secretamente).
Para iniciar seu trabalho em um país, Portas Abertas tem contatos fortes com a igreja local e pergunta como pode ajudar. Em grande parte dos casos, os pastores dizem: "Por favor, orem". Muitas vezes os líderes começam a chorar e afirmam: "Estamos lutando e perdendo a batalha, porque achamos que ninguém está orando em nosso favor".
São inúmeros casos de cristãos que sofrem ao redor do mundo. Em julho de 2008, por exemplo, extremistas islâmicos mataram um ex-muçulmano convertido ao cristianismo, na Somália. A vítima, Sayid Ali Sheik Luqman Hussein, tinha apenas 28 anos. De acordo com a Internacional Christian Concern (ICC), dois muçulmanos chegaram até Sayid Hussein e lhe perguntaram se ele se dirigia para Meca quando rezava (Maomé ensinou que seus seguidores deveriam se voltar para a cidade de Meca quando rezassem). O rapaz lhes falou que, como era cristão, não tinha que se voltar para uma direção específica na hora de orar porque Deus é onipresente. Dois dias depois os homens voltaram, armados com um rifle AK-47 e uma arma semi-automática e atiraram em Sayid Hussein até a morte.
No Irã, nas últimas três décadas, centenas de cidadãos que deixaram o Islã e se tornaram cristãos foram presos, mantidos em locais desconhecidos e sujeitos a dor psicológica e física.
A missionária da Gospel for Asia no Butão, Amil Romir, ouviu de um funcionário do governo local a seguinte ordem: "Você não está autorizada a pregar sobre Jesus Cristo e não pode se reunir para qualquer tipo de atividade de igreja”. As autoridades locais notaram que o ministério de Amil frutificava e quiseram impedir que mais pessoas se convertessem à fé em Jesus. O Butão tem recebido auxílios internacionais e há um enorme amparo ao budismo. Os cristãos sofrem hostilidades, as igrejas são incendiadas, os pastores são presos, viúvas e órfãos são martirizados.
São inúmeros casos de perseguição que cristãos têm sofrido pelo mundo. Daí, a necessidade de pessoas e entidades comprometidas com o evangelho, como a Missão Portas Abertas.
Para o pastor Eli Roberto, que já coordenou o Programa de Correspondentes Locais da Missão Portas Abertas, no Brasil, a Igreja livre deixa a desejar no apoio à Igreja perseguida. “Somos gratos a Deus, pois temos vencido muitas barreiras, não podemos nos queixar. No entanto, o desinteresse da Igreja livre pela Igreja perseguida, prejudica muito nosso ministério. Muitos ainda reagem como se isso não estive acontecendo, ou como se isso não tivesse nada a ver com eles. A falta de unidade é visível. A responsabilidade do ministério Portas Abertas é grande e muitas vezes ficamos envergonhados, pois como crerão se não há quem pregue e como ajudarão se não sabem da necessidade?”.
Só se consegue sentir as dores e as alegrias do outro, quando se participa das mesmas lutas e das mesmas vulnerabilidades. Pr. Eli assevera que orgulho e compaixão não podem coexistir. “Quando nos sentimos orgulhosos extinguimos a possibilidade da compaixão, pois compaixão é um sentimento entre dois iguais. A Igreja perseguida não espera nossa piedade, espera nossa solidariedade. Ela é, em muitos sentidos, mais vitoriosa do que a Igreja chamada livre. Se alimentamos este sentimento de "dó", é porque não compreendemos bem a comunhão do corpo de Cristo”, afirma o pr. Eli Roberto.
Embora seja hoje um grande exército, a Missão Portas Abertas começou a partir de um único homem, um jovem chamado André, evangelista holandês, que foi convidado para um festival comunista na Polônia. Lá, André ficou impressionado com o entusiasmo e a devoção de tantos jovens a um credo sem Deus e percebeu o chamado do Senhor para servir aos cristãos em países sob discriminação oficial ou informal. Até hoje irmão André está na frente de batalha..
Os testemunhos dos irmãos da Igreja perseguida têm revelado a presença de Deus em meio ao sofrimento e fazem reconhecer verdades eternas que nos obrigam a sair da zona de conforto da religião. “Costumo dizer que a Igreja perseguida nos oferece um ótimo antídoto às teologias antropocêntricas dos nossos dias”, considera Pr. Eli.
Se o próprio Senhor Jesus sofreu perseguições, não poderia ser diferente para seus seguidores. Ele mesmo afirmou: "Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou" (João 15.21) e “...se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa"(João 15.20). E em Hebreus temos: “Lembrai-vos dos encarcerados, como se presos com eles; dos que sofrem maus tratos, como se, com efeito, vós mesmos em pessoa fôsseis os maltratados” (Hb 13:3).
Para maiores informações, basta acessar www.portasabertas.org.br.
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